quinta-feira, 6 de maio de 2010

Peneiradas em março de 2010

Nós temos uma história tão bonita de miscigenação... [Fala-se que] as negras foram estupradas no Brasil. [Fala-se que] a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. [Fala-se que] foi algo forçado. Gilberto Freyre, que é hoje renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual.
Demóstenes Torres, senador (DEM-GO), em audiência pública no Supremo Tribunal Federal sobre a reserva de vagas para negros em universidades públicas – Folha de São Paulo – 04/03/2010

Gilberto Freyre escreveu o seguinte: "Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime”.
"O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com a sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do sinhômoço. Desejo, não: ordem." "Não eram as negras que iam esfregar-se pelas pernas dos adolescentes louros: estes é que no Sul dos Estados Unidos, como nos engenhos de cana do Brasil os filhos dos senhores, criavam-se desde pequenos para garanhões”.
Elio Gaspari, sobre o discurso de Demóstenes Torres – Folha de S. Paulo, 07-03-2010

Eu te adivinhava
E te cobiçava
E, te arrematava em leilão
Te ferrava a boca, morena
Se eu fosse o teu patrão
Aí, eu tratava
Como uma escrava
Aí, eu não te dava perdão
Te rasgava a roupa, morena
Se eu fosse o teu patrão
Eu te encarcerava
Te acorrentava
Te atava ao pé do fogão
Não te dava sopa, morena
Se eu fosse o teu patrão
Eu encurralava
Te dominava
Te violava no chão
Te deixava rota, morena
Se eu fosse o teu patrão
Quando tu quebrava
E tu desmontava
E tu não prestava mais não
Eu comprava outra, morena.
Se eu fosse o teu patrão
Chico Buarque de Hollanda, em trecho de sua música “Se eu fosse o teu patrão” (1977).


Uma eleição e um terremoto depois, está constatado: o Chile se deslocou para a direita.
Sérgio Besserman, economista, sobre a eleição de Sebástian Piñera e o terremoto que deslocou a cidade de Concepción três metros em direção ao Oeste – O Globo, 11-03-2010

A pequena cidade de Bilin na região da Cisjordânia parece, toda sexta-feira, um estúdio de Hollywood: cidadãos palestinos caracterizados como os protagonistas de “Avatar” recriam semanalmente um protesto pacífico em frente aos militares israelenses, que mantêm a Cisjordânia cercada por um poderoso muro de arame e concreto localizado DENTRO das terras palestinas.
http://www.palestinalibre.org (traduzido por Roberta Moratori) – março de 2010

Pátria ou morte: venceremos.
Novo lema do exército boliviano, segundo determinação do presidente do país, Evo Morales. A frase foi consagrada por "Che" Guevara, assassinado pelas Forças Armadas bolivianas em 1968. Substitui o lema "Subordinação e continuidade" – O Estado de S. Paulo – 13/03/2010

O governo do presidente Lula é sem dúvida o que pode apresentar o maior cartel de acertos. Desde que a República foi proclamada. Desde nosso saudoso marechal Deodoro da Fonseca, filho de dona Amélia da Fonseca. Os números não me deixam mentir.
Fernando Collor, senador (PRTB-AL) – O Globo – 14/03/2010

A Vale pode ir para o inferno. Estamos cansados de capitalistas estrangeiros que vêm aqui destruir o estilo de vida canadense.
Wayne Fraser, dirigente do sindicato dos mineiros que organiza greve da categoria no Canadá – Financial Times – 14/03/2010

Além da questão do aparato policial, que a ditadura montou e não foi desmontado e que faz com que várias práticas sejam empregadas de maneira sistemática; estudos demonstram que o Brasil é o único país em que a tortura aumentou depois do regime ditatorial.
Vladimir Safatle, historiador e autor do livro “O que resta da ditadura” (Boitempo) com Edson Teles – Revista Fórum – 16/03/2010

Em 1941, o partido político de Itzhak Shamir (conhecido hoje como Likud) concluiu um pacto militar com o 3º Reich alemão. O acordo consistia em lutar ao lado dos nazistas e fundar um Estado autoritário colonial, sob a direção do 3º Reich.
Ralph Schoenman, autor do livro "A história oculta do sionismo", em entrevista à Revista Teoria & Debate nº 5 por Stylianos Tsirakis – janeiro/fevereiro/março de 1989

O socialismo quer oferecer o mesmo que preocupa a todos os brasileiros e também aos empresários: oportunidades iguais a todos. A Fiesp, na atuação do Sesi e do Senai, oferece educação, saúde, cultura, esporte e lazer a milhões de pessoas que, provavelmente, sem essa oportunidade, não teriam acesso a esses importantes bens sociais. Esse socialismo responsável é no que acreditamos, é o que prega a Fiesp e quer o meu partido, o PSB.
Paulo Skaf, presidente da FIESP – Zero Hora – 28/03/2010

Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.
Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais, em encontro realizado em São Paulo, assumindo o caráter político-partidário da grande mídia – Observatório da Imprensa no Rádio – 25/03/2010

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